quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Bacia do São Francisco

A Bacia do Rio São Francisco é a terceira bacia hidrográfica do Brasil e a única totalmente brasileira. . Drena uma área de 640.000km2 e ocupa 8% do território nacional. Cerca de 83% da bacia encontra-se nos Estados de Minas Gerais e Bahia, 16% em Pernambuco, Sergipe e Alagoas e 1% em Goiás e Distrito Federal.

O Rio São Francisco tem 36 tributários de porte significativo, dos quais apenas 19 são perenes. Os principais contribuintes são os da margem esquerda, rios Paracatu, Urucuia, Carinhanha, Corrente e Grande, que fornecem cerca de 70% das águas em um percurso de apenas 700km. Na margem direita, os principais tributários são os rios Paraopeba, das Velhas, Jequitaí e Verde Grande. A Bacia do São Francisco é dividida em quatro regiões: Alto São Francisco, das nascentes até Pirapora-MG; Médio São Francisco, entre Pirapora e Remanso-BA; Submédio São Francisco, de Remanso até a Cachoeira de Paulo Afonso; e, Baixo São Francisco, de Paulo Afonso até a foz no oceano Atlântico.

Desde as nascentes e ao longo de seus rios, a Bacia do São Francisco vem sofrendo degradações com sérios impactos sobre as águas e, consequentemente, sobre os peixes. A maioria dos povoados não possui nenhum tratamento de esgotos domésticos e industriais, lançando-os diretamente nos rios. Os despejos de garimpos, mineradoras e indústrias aumentam a carga de metais pesados, incluindo o mercúrio, em níveis acima do permitido. Na cabeceira principal do Rio São Francisco, o maior problema é o desmatamento para produção de carvão vegetal utilizado pela indústria siderúgica de Belo Horizonte, o que tem reduzido as matas ciliares a 4% da área original. O uso intensivo de fertilizantes e defensivos agrícolas também tem contribuído para a poluição das águas. Além disso, os garimpos, a irrigação e as barragens hidrelétricas são responsáveis pelo desvio do leito dos rios, redução da vazão, alteração da intensidade e época das enchentes, transformação de rios em lagos etc. com impactos diretos sobre os recursos pesqueiros.

Já foram identificadas 152 espécies de peixes nativos da bacia. Entre as espécies nativas mais importantes nos rios e lagoas naturais da bacia destacam-se as migradoras, curimatã-pacu Prochilodus marggravii, dourado Salminus brasiliensis, surubim Pseudoplatystoma corruscans, matrinxã Brycon lundii, mandi-amarelo Pimelodus maculatus, mandi-açu Duopalatinus emarginatus, pirá Conostome conirostris e piau-verdadeiro Leporinus elongatus, e as sedentárias, pacamão Lophiosilurus alexandri, piau-branco Schizodon knerii, traíra Hoplias malabaricus, corvinas Pachyurus francisci e P. squamipinnis, piranha-vermelha Pygocentrus nattereri e piranha-preta Serrasalmus piraya. Muitos gêneros de peixes encontrados na bacia do São Francisco são comuns às bacias amazônica e do Prata. O dourado é um pouco maior que a espécie da bacia do Prata, alcançando 30kg e 1,50m de comprimento. Os pintados são famosos pelo tamanho que atingem, mais de 100kg, embora peixes desse porte não sejam muito comuns.

Apesar dos sérios problemas ambientais que se observam na bacia do São Francisco, algumas áreas ainda oferecem condições para uma boa pescaria. Dourados, surubins, matrinxãs, piaparas, curvinas, traíras, mandis, pirá (um bagre endêmico da bacia), tucunarés (introduzidos em alguns reservatórios e no baixo São Francisco), e outras espécies introduzidas e bem sucedidas podem ser capturadas em suas águas, freqüentadas principalmente por pescadores de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal.

TURISMO DE PESCA

A industria do turismo gera empregos, aumenta renda e a entrada de divisas estrangeiras, estimula o investimento de capital e gera oportunidades para criação de pequenos e grandes negócios. Estimula também a ligação da politica e economia local, nacional e global.
Á atividade de pesca amadora se transformou em uma industria cada ves mais forte, que movimenta anualmente milhões de dólares em segmentos tão diversos como importação e exportação, aguicultura, o turismo a midia especializada.
Diacordo com o guia de pesca amadora, um exemplo das potencialidades da pesca esportiva como fonte geradora de empregos e receita é o Estados Unidos, segundo a NATIONAL SURVEY OF FISHING, HUNTING AND WILDLIF, são gastos anualmente U$ 38 bilhões em atividades ligadas a pesca esportiva, com cerca de 37,5 milhões de pescadores esportivos licenciados, cuja demanda de serviço gera 1,2 milhões de empregos diretos. Nesse contexto, o gerenciamento da atividade é capaz de gerar receitas significativas, ao viabilizar recursos não só para seu propio desenvolvimento, mias também para aplicação em outros setores como o turismo e o meio ambiente.
A pesca é um atividade que requer técnica e paciência, e encontra no Brasil condições propicias para pratica em razão da extensa e variada malha fluvial e costa marítima, aliada a uma grande variedade de espécies de peixes e áreas relativas preservadas para atrair o pescador amador que ainda explora adequadamente toda potencialidade. O pais possui grande atratividade para a pratica de esporte, lazer e o desenvolvimento de atividdes voltadas par o turismo, porem hoje pouco explorada